Diferenças entre REITs e Stocks
- Guilherme Mustafa
- 12 de mai. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 18 de mai. de 2020
REITs e ações são dois tipos de investimento. Os investidores de REITs compram ações de uma empresa que possui e administra imóveis ou hipotecas (Equivalente ao CRI no Brasil), enquanto os investidores em ações compram ações pertencentes a uma empresa.
REITs e ações negociadas em bolsa são registradas na SEC, Securities and Exchange Commission (Equivalente a Comissão de Valores Mobiliários ou CVM no Brasil), dentro do horário de funcionamento da bolsa de valor é possível comprar e vender através de uma corretora.
Setores e Escopo Os REITs operam somente no setor imobiliário, geralmente possuem e gerenciam um tipo de imóveis comerciais, comprando e mantendo imóveis em um único setor, varejo, escritório, residencial, saúde e industrial. Alguns REITs possuem e gerenciam mais de um tipo de imóveis comerciais, são classificados como "Diversificados", ou seja, o mesmo REIT possui e gerencia escritórios e verejo, por exemplo.
Já as ações a variedade é imensa, variando de pequenas a grandes empresas e cobrindo todos os tipos de setores de negócios, incluindo consumo, produtos básicos, energia, financeiro, assistência médica, industrial, tecnologia da informação, materiais, telecomunicações e serviços públicos.
Renda
Os REITs e as ações podem fornecer um fluxo constante de renda para os investidores, mas os REITs têm diretrizes rígidas, no mínimo 90% do lucro tributável de um REIT deve ser distribuído em forma de dividendos. Os investidores em REITs recebem renda da receita que as propriedades do REIT possui, por meio do aluguel ou financiamento imobiliário. Esses pagamentos vão para investidores na forma de dividendos.
Da mesma forma, os investidores em ações também recebem renda de seus investimentos por meio de dividendos, que são distribuídos de acordo com os lucros da empresa. No entanto, algumas ações não pagam dividendos!
Riscos As características entre os REITs variam muito de um para o outro, assim como nas ações. Existem REITs e ações que possuem um risco maior, pois buscam maiores retornos, enquanto outros possuem um risco menor, porém espere retornos mais modestos e constantes, mas ambos os ativos, REITs e ações, possuem riscos!
Alguns REITs já chegaram a quebrar, mas isso é muito raro, ocorreu por decisões ruins de alocação de capital e manobras arriscadas de alavancagem. Em geral, os REITs "blue chips" possuem um risco menor do que o investimento em ações.
Crescimento
REITs e ações podem servir como investimentos de longo prazo, gerando um crescimento gradual ao longo de muitos anos.
Os REITs estão mais expostos ao ciclo imobiliário, um aumento ou recessão da oferta e demanda de imóveis para aluguel podem influenciar no crescimento dos REITs. Já as ações são mais sensíveis aos fatores econômicos.
Correlação
A correlação é importante para a diversificação da carteira de investimentos, com o objetivo de que os altos e baixos de cada classe de ativos sejam compensados entre si.
Ao longo do tempo, já foi possível evidenciar que os REITs possuem baixa correlação com as ações, onde em alguns períodos os REITs subiram, mas as ações subiram acentuadamente e em outros períodos os REITs sofreram menos durante mercados de baixa. No entanto, em períodos de crise, como em 2008 e 2009, todos os investimentos sofrem quedas, incluindo REITs. Quando os investidores decidem vender tudo, não há lugar para se esconder!
Volatilidade
Os REITs possuem altos e estáveis dividendos, essa característica atua como amortecedor contra as flutuações diárias do mercado, semelhante a ações que são boas pagadoras de dividendos. Há uma previsibilidade no desempenho operacional e financeiro da maioria dos REITs, ou seja, menos risco de grandes surpresas negativas que podem estimular a volatilidade. O valor de um REIT está no atual rendimento de dividendos, portanto, um declínio modesto nas expectativas de crescimento futuro terá um efeito mais suave no preço de negociação.
As ações, com exceção das boas pagadoras de dividendos, tem o seu valor composto por todos os ganhos futuros, descontados até a presente data. Se as perspectivas percebidas para esses ganhos caírem levemente, as ações poderão despencar rapidamente.
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